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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Teixobactin. Talvez a nova molécula Bilionária

          Muitas são as causas da atual longevidade do homem, mas uma das mais importantes foi o advento dos antibióticos. A introdução da penicilina em 1940 foi uma verdadeira revolução no arsenal terapêutico contra infecções bacterianas, proporcionando tratamento eficaz contra moléstias mortais (apesar de muitas vezes simples).
          Contudo, a difusão do uso e a administração descontrolada destes medicamentos, serviu de pressão seletiva para o surgimento de diversas bactérias resistentes, o que se tornou um problema de saúde grave, principalmente em ambientes hospitalares.
Apesar de intensas pesquisas nenhuma novidade neste campo terapêutico surgiu nos últimos 25 anos.               O que não significa que novas moléculas não tenham chegado ao mercado neste período, mas as que chegaram atuavam com mecanismo de ação similar as já existentes, e por tanto rapidamente os microrganismos adquirem resistência.
L-enduracididine
          Um dos motivos para a resistência é que essas substâncias geralmente agem em alvos proteicos, e portanto facilitando o processo de resistência através de mutações que geram alvos modificados onde as substâncias não são tao eficazes.
     Um grupo de pesquisadores americanos e alemães descobriram uma nova molécula (aqui) que promete ser a próxima inovação terapêutica em antibióticos. A Teixobactin é um depsipeptídeo que possui alguns aminoácidos não tão usuais nesta classe de substancias: A L-enduracididine, a metil fenilalanina e 4 aminoácidos de configuração D.

Teixobactin

          A Teixobactin é extraída de bactéria gram negativa relacionado a Aquabactérias. E apresentou atividade contra patógenos gram positivos, incluindo varios organismos resistentes, destacando-se a atividade contra enterococci,  M. tuberculosis, Clostridium difficile e Bacillus anthracis.




          O mecanismo de ação parece não estar relacionado à alvo proteico, a ação está associada a inibição  da formação de peptidoglicanas da parede celular, através de ligação com lipídios precursores, o que dificulta o processo de formação de cepas resistentes.
       Ainda é cedo para saber se a Teixobactin chegará ao mercado, mas os resultados são promissores, mesmo que a própria não chegue ao mercado servirá de protótipo para o melhor entendimento do mecanismo de ação e a preparação de substancias mais efetivas, que certamente movimentará um mercado milionário.

      Toda esta história me lembrou de uma pergunta que me incomoda bastante: Quantos antibióticos são sintetizados no Brasil? 




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