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terça-feira, 25 de maio de 2010

Tamiflu Sem azida

Já foi tempo em que me impressionava com moléculas gigantescas... É claro que são desafiadoras, contudo tem muita "molequinha" que dá muito trabalho. Um bom exemplo é o Oseltamivir, vulgo Tamiflu. Obviamente que a importância que a molécula apresenta motiva a busca de melhores estratégias para prepara-la. Recentemente foi publicado um Chemical Reviews a respeito das abordagens sintéticas para preparação desta importante molécula.
Mês passado um grupo chinês publicou um JOC com uma abordagem bastante elegante (com 11 etapas e utilizando D-tartarato como material de partida) para síntese do Tamiflu, onde o principal destaque é a ausência do uso de azida, o que traz benefícios na aplicação em escala industrial, visto o potencial explosivo de azidas!


 O nitroaldeído, intermediário chave no processo de ciclização foi preparado em 9 etapas.


A abordagem de ciclização é bastante elegante, uma reação de de Michael e HWE em cascata onde o esqueleto ciclico do oseltamivir é preparado em uma única etapa. O diastereoisômero 5S é transformado diretamente no tamiflu pela redução do grupo nitro, já o outro diastereoisômero pode ser convertido na molécula desejada aplicando-se a estratégia de Hayashi, o que torna o processo bastante atraente do ponto de vista industrial.